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Receita bruta, créditos e sublimites: 3 armadilhas silenciosas da reforma tributária para empresas do Simples

  • Foto do escritor: Larissa Marcomini
    Larissa Marcomini
  • 3 de mai.
  • 4 min de leitura

Você ainda calcula o Simples como fazia antes da reforma? Então sua empresa pode estar pagando mais imposto do que deveria — ou perdendo competitividade sem perceber.


Reforma tributária: o que muda na receita bruta e créditos do Simples Nacional

A Reforma Tributária não acabou com o Simples Nacional, mas alterou pilares importantes: o conceito de receita bruta, a lógica de créditos fiscais e os sublimites para apuração. Ignorar isso pode custar caro.


Receita bruta mudou — e o DAS pode subir mesmo sem aumentar suas vendas


A nova Lei Complementar 214/2025 ampliou o conceito de receita bruta no Simples Nacional. Agora, entram na conta:

Antes da reforma

Com a reforma (art. 516 LC 214/25)

Venda de bens e serviços

Venda de bens e serviços + demais receitas ligadas à atividade-fim

Ex: honorários, prestação de serviço

+ Juros por inadimplência, multas, licenciamento, cessões, aluguéis, receitas acessórias

⚠️ Importante: Essa mudança já está em vigor desde janeiro de 2025.

O que isso significa na prática?Você pode ultrapassar faixas do Simples e pagar alíquotas maiores — mesmo sem vender mais.


Exemplo real: Um escritório de arquitetura que recebe R$ 10.000 em juros por atrasos em contratos pode ver esse valor empurrar sua receita total para a faixa seguinte.


Créditos tributários: continuar no Simples pode estar afastando seus clientes


Empresas do Simples Nacional sempre tiveram uma vantagem: simplicidade. Mas, agora, essa simplicidade pode custar negócios — especialmente se seus clientes forem do lucro real ou presumido.


Comparativo entre Regime Unificado e Regime Regular no Simples Nacional

Critério

Regime Unificado (DAS tradicional)

Regime Regular (IBS/CBS fora do DAS)

Forma de pagamento

Todos os tributos (incluindo IBS e CBS) dentro do DAS

IBS e CBS pagos separadamente dos demais tributos

Geração de crédito para clientes

❌ Não gera crédito de IBS/CBS para empresas compradoras

✅ Gera crédito integral para o adquirente

Aproveitamento de créditos

❌ Não permite aproveitamento de créditos próprios

✅ Permite créditos sobre insumos, despesas e ativos

Obrigações acessórias

✅ Menores: apuração centralizada no PGDAS-D

❌ Maiores: escrituração fiscal segregada (como regime normal)

Complexidade operacional

✅ Baixa (modelo simplificado)

❌ Alta (híbrido, com controle duplo de receitas e tributos)

Aderência ao mercado B2B

❌ Menor competitividade para vendas a empresas do Lucro Real

✅ Maior atratividade comercial por gerar créditos

Flexibilidade de opção

Automática ao optar pelo Simples

Opcional, com escolha semestral e irrevogável durante o período

Controle sobre faixas de receita

Faixas definidas por anexos da LC 123/06

Idem, mas apuração do IBS e CBS segue as regras da LC 214/25

Tratamento de sublimites

CBS até R$ 4,8 mi / IBS até R$ 3,6 mi dentro do DAS

Acima disso, obrigatoriamente passa a recolher IBS fora do DAS

Recomendado para quem

Empresas que vendem para pessoa física ou pequeno comércio B2B

Empresas que vendem para empresas do Lucro Real ou exportadoras

Risco se não bem avaliado

Pode pagar mais imposto e perder competitividade sem perceber

Pode gerar burocracia desnecessária se não tiver estrutura fiscal

💡 Dica estratégica: Se você vende para outras empresas (B2B), não oferecer crédito pode te tirar da lista de fornecedores preferenciais.

E mais: No regime regular, você também pode aproveitar créditos de IBS e CBS sobre insumos, energia, serviços administrativos e mais.


Sublimites diferentes para IBS e CBS: atenção à pegadinha que pode desenquadrar sua empresa


Um dos pontos mais ignorados da reforma está nos novos sublimites de faturamento. A regra agora separa os limites de CBS e IBS:

Tributo

Sublimite

CBS

R$ 4,8 milhões/ano

IBS

R$ 3,6 milhões/ano

Ou seja: Você pode estar dentro do limite do Simples, mas ser obrigado a apurar o IBS fora do DAS.

Esse desenquadramento parcial cria um modelo híbrido, no qual parte da apuração ocorre no Simples e parte no regime regular. Isso exige:


  • Mais controle contábil

  • Escrita fiscal segregada

  • Monitoramento mensal do faturamento


O que sua empresa deve monitorar agora?

Ação prática

Por que é importante?

Revisar o conceito de receita bruta

Para não pagar mais sem perceber

Simular apuração nos dois regimes

Para avaliar a competitividade e carga efetiva

Acompanhar sublimites de perto

Para evitar desenquadramento automático


E se nada for feito?


A consequência será dupla:

🔻 Financeira: Você pode pagar alíquotas maiores injustamente, ou deixar de aproveitar créditos que seriam legais.

🔻 Comercial: Clientes exigirão nota com crédito de IBS/CBS. Quem não oferecer, perde negócio.


E mais: A Receita está digitalizada. Erros de cálculo e enquadramento serão identificados automaticamente.

ratégica: Se você vende para outras empresas (B2B), não oferecer crédito pode te tirar da lista de fornecedores preferenciais.

E mais: No regime regular, você também pode aproveitar créditos de IBS e CBS sobre insumos, energia, serviços administrativos e mais.


Sublimites diferentes para IBS e CBS: atenção à pegadinha que pode desenquadrar sua empresa


Um dos pontos mais ignorados da reforma está nos novos sublimites de faturamento. A regra agora separa os limites de CBS e IBS:

Tributo

Sublimite

CBS

R$ 4,8 milhões/ano

IBS

R$ 3,6 milhões/ano

Ou seja: Você pode estar dentro do limite do Simples, mas ser obrigado a apurar o IBS fora do DAS.

Esse desenquadramento parcial cria um modelo híbrido, no qual parte da apuração ocorre no Simples e parte no regime regular. Isso exige:


  • Mais controle contábil

  • Escrita fiscal segregada

  • Monitoramento mensal do faturamento


O que sua empresa deve monitorar agora?

Ação prática

Por que é importante?

Revisar o conceito de receita bruta

Para não pagar mais sem perceber

Simular apuração nos dois regimes

Para avaliar a competitividade e carga efetiva

Acompanhar sublimites de perto

Para evitar desenquadramento automático


E se nada for feito?


A consequência será dupla:

🔻 Financeira: Você pode pagar alíquotas maiores injustamente, ou deixar de aproveitar créditos que seriam legais.

🔻 Comercial: Clientes exigirão nota com crédito de IBS/CBS. Quem não oferecer, perde negócio.


E mais: A Receita está digitalizada. Erros de cálculo e enquadramento serão identificados automaticamente.


Conclusão estratégica


A lógica do Simples Nacional mudou. Agora, não basta estar no Simples — é preciso entender como operar nele de forma estratégica.

Receita bruta ampliada, crédito fiscal seletivo e sublimites distintos exigem um novo olhar técnico e planejado.

A ELS pode rodar simulações e orientar sua empresa sobre qual modelo oferece melhor resultado fiscal e comercial. Fale com nossos especialistas antes de tomar decisões com impacto tributário real.

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