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CONFAZ aprova novo REFIS para PR, TO e RJ: entenda o que muda

  • Foto do escritor: Larissa Marcomini da Silva
    Larissa Marcomini da Silva
  • 24 de jul.
  • 3 min de leitura

Entenda o que está por vir nos parcelamentos com até 95% de redução de multas


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Principais pontos:


  • CONFAZ autorizou novos programas especiais de parcelamento para Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro

  • Estados ainda precisam regulamentar seus próprios REFIS por meio de decreto ou lei específica

  • Reduções de até 95% em multas e 85% nos juros foram autorizadas

  • Débitos de ICMS serão os principais contemplados

  • Ótima oportunidade para limpar o passivo tributário e recuperar o compliance fiscal

  • Empresas devem monitorar a publicação oficial em cada estado para garantir acesso ao programa.


O que foi aprovado pelo CONFAZ?


O Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), por meio da Reunião Extraordinária nº 196, autorizou os Estados do Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro a instituírem seus próprios programas de recuperação fiscal — conhecidos como REFIS estaduais. A decisão foi publicada via Despacho nº 58/2024, mas ainda depende da regulamentação específica de cada ente federado.


Portanto, apesar da autorização nacional, nenhum REFIS está oficialmente disponível no momento. Os contribuintes devem aguardar a edição de decretos ou leis estaduais que normatizem o parcelamento em cada localidade.


Como funcionará o novo REFIS?


A autorização do CONFAZ define os parâmetros máximos que os Estados podem adotar. Isso inclui:


  • Redução de até 95% das multas punitivas e moratórias.

  • Desconto de até 85% sobre os juros de mora.

  • Permissão para parcelamento em até 180 vezes, a depender do perfil da empresa.

  • Inclusão de débitos de ICMS, tanto declarados quanto autuados.

  • Possibilidade de adesão para fatos geradores até 31 de dezembro de 2023,


Cada estado tem liberdade para ajustar esses percentuais e prazos conforme sua política fiscal e estratégia de arrecadação.


Quais os impactos para empresas e contadores?


Para empresas com passivos de ICMS — especialmente os que foram agravados durante os anos de pandemia e pós-pandemia — o novo REFIS representa uma janela estratégica de alavancagem fiscal.


Ao reduzir encargos acessórios (multa e juros), o custo efetivo do passivo cai de forma significativa, melhorando a previsibilidade financeira e o rating tributário da empresa.


Contadores, por sua vez, devem mapear quais clientes possuem débitos passíveis de regularização e monitorar diariamente os portais das SEFAZ estaduais para não perder os prazos de adesão.


Exemplo prático: economia gerada


Imagine uma empresa do setor de transportes no Paraná, com um débito de R$ 500 mil em ICMS inscrito em dívida ativa. A multa e os juros somam R$ 300 mil. Com o REFIS aprovado:


Elemento

Valor Original

Com REFIS (95% multa / 85% juros)

Principal (ICMS)

R$ 500.000

R$ 500.000

Multa punitiva (ex: 100%)

R$ 200.000

R$ 10.000

Juros (estimados 20%)

R$ 100.000

R$ 15.000

Total a pagar

R$ 800.000

R$ 525.000

Resultado: economia de R$ 275.000 no passivo tributário. Se parcelado em até 180 meses, o impacto no fluxo de caixa se torna ainda mais administrável.


Quais os riscos e oportunidades?


Atenção necessária:


  • A autorização ainda não é autoaplicável; empresas não devem tomar decisões sem a publicação oficial do programa em cada estado.

  • Caso o contribuinte já esteja em parcelamento ativo, será necessário avaliar a viabilidade de migração, o que pode implicar perda de benefícios anteriores.

  • Multas e juros fora do ICMS (ex: IPVA, taxas estaduais) não estão necessariamente incluídas.


Vantagens estratégicas:


  • Alta possibilidade de regularização total do passivo tributário estadual com deságio relevante

  • Oportunidade de destravamento de certidões negativas (CNDs), viabilizando financiamentos e licitações

  • Redução de contingências em due diligence para operações societárias (M&A, fusões ou aportes)


O novo REFIS estadual autorizado pelo CONFAZ é uma ferramenta poderosa para reestruturar a saúde fiscal de empresas localizadas no PR, TO e RJ. No entanto, o timing é crítico: ainda é necessário aguardar a regulamentação oficial em cada estado.


Empresas que atuam com planejamento fiscal de médio e longo prazo já devem:


  • Mapear débitos estaduais elegíveis

  • Simular possíveis economias com base nos percentuais autorizados

  • Planejar fluxo de caixa e impacto no compliance.


A equipe da ELS Contabilidade & Consultoria está preparada para acompanhar a publicação oficial dos decretos estaduais, além de estruturar diagnósticos tributários personalizados para adesão segura ao programa.

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